Guarujá - Brasil

Possui a terceira maior população do litoral de São Paulo, praias maravilhosas e de tirar o fôlego. O município também adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de estância balneária, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. Muito procurada pelos turistas na alta temporada, a cidade conta com praias urbanizadas e algumas selvagens, acessíveis apenas por trilhas. Além do litoral, oferece construções históricas e trilhas de ecoturismo. Outra atração local é a pesca artesanal, que pode ser vista e praticada em diversas praias do município ao longo de sua orla. Hoje, o primeiro post de 2021 é dedicado a uma pessoa super especial: a querida Flávia Mendes. Então, o Just Travel vai contar um pouco mais sobre Guarujá, a "Pérola do Atlântico". Preparem-se e vamos viajar!


Praia das Astúrias e Morro da Península ao fundo


História

A Ilha de Santo Amaro surge em sua atual forma no final da Era Glacial, entre 20 mil e 123 mil anos atrás, quando o Canal de Bertioga e o Estuário de Santos são abertos com a contínua elevação do nível do Oceano Atlântico e criam a atual ilha, separando-a do continente.

Os primeiros habitantes foram os chamados povos dos sambaquis, grupo humano seminômade que habitou o litoral sul/sudeste brasileiro após o final da Era Glacial. Esses povos viviam da coleta de moluscos, conchas, mexilhões e demais alimentos marinhos, além de frutas e raízes, e caçavam pequenos animais e peixes. Não conheciam a agricultura e o único registro conhecido de sua existência são os montes de restos de conchas e outros dejetos dessas populações. Os montes são chamados de sambaquis e estão espalhados pelo litoral. Em Guarujá, foram localizados sambaquis nas praias da Ilha do Mar Casado e Pernambuco.

Após a era dos sambaquis, a ilha passa a ser visitada por grupos tupi, que deram o primeiro nome à ilha: Guaibê (lugar de caranguejos) e também Guaru-ya (passagem estreita). Os tupis não habitaram a ilha, permanecendo no entorno da Serra do Mar e no Planalto Paulista, mas usavam a frequentavam a área para a colheita de sal e para a pesca. Em 22 de janeiro de 1502, os primeiros europeus pisaram na ilha. André Gonçalves e Américo Vespúcio aportaram na praia de Santa Cruz dos Navegantes, depois seguindo viagem à ilha de São Vicente.

A ilha, pantanosa e acidentada, não atrai a atenção dos colonizadores portugueses, que preferem centrar esforços na vizinha ilha de São Vicente, esta mais ampla e salubre e contando com um acesso privilegiado ao Planalto Paulistano, através de trilhas indígenas. Apesar do desinteresse, alguns colonos portugueses acabaram se instalando na costa ocidental de Santo Amaro, sobrevivendo de agricultura de subsistência, pesca e reparos de embarcações utilizadas no estuário de Santos.

Em 1543, quando da primeira divisão territorial brasileira, toda a região entre a ilha de Santo Amaro e a barra do rio Juqueririê (futuros municípios de Guarujá, Bertioga e parte de São Sebastião) é concedida a Pero Lopes de Sousa por seu irmão Martim Afonso de Sousa, sob o nome de capitania de Santo Amaro. A capitania, sem recursos naturais de importância e sem ligações com o Planalto, não se desenvolve. As únicas ações visando a ocupar o território são a construção dos fortes de São João e São Filipe, destinados a proteção do porto do Santos, uma beneficiadora de óleo de baleia no extremo norte da ilha, na desembocadura do Canal de Bertioga, e a ação de alguns grupos de jesuítas para a catequese de índios.




Fortaleza da Barra, construída em 1584


Geografia e Clima

O município possui relevo característico de planície litorânea. As elevações têm altitude média entre 130 e 160 metros, chegando ao máximo de aproximadamente 300 metros. Sua vegetação predominante é de floresta ombrófila densa, que ocorre na Serra do Mar.

Os seguintes rios correm pelo território de Guarujá: Rio de Santo Amaro; Rio do Meio; Rio Icanhema; Rio do Peixe; Rio do Pote; Rio Acaraú; Rio Comprido e Rio dos Patos.  Oficialmente, Guarujá tem 27 praias que, juntas, somam 22,3 km de extensão.

  • Praia da Armação das Baleias
  • Prainha Branca
  • Praia Preta
  • Praia do Guaiuba
  • Praia do Tombo
  • Praia das Astúrias
  • Praia das Pitangueiras
  • Praia da Enseada
  • Praia do Éden
  • Praia do Sorocotuba
  • Praia de Pernambuco
  • Praia do Mar Casado
  • Praia do Perequê
  • Praia de São Pedro
  • Praia de Iporanga
  • Praia de Santa Cruz dos Navegantes
  • Praia do Góes
  • Praia da Fortaleza da Barra Grande
  • Praia do Monduba
  • Praia do Cheira Limão
  • Praia do Sangava
  • Praia do Saco do Major
  • Praia de Fora ou Moisés
  • Praia do Bueno
  • Praia das Conchas
  • Praia do Pinheiro (ou Itaguaíba)
  • Praia do Camburí

Praia das Pitangueiras

Economia

Situado na Ilha de Santo Amaro, ao largo de Santos e de Bertioga, o município dispõe de um conjunto de 27 praias, algumas isoladas e acessíveis apenas por trilha ou barco, e outras em áreas urbanizadas. Sua economia está apoiada na atividade turística, mas também possui atividade marítima de lazer e indústria e uma intensa atividade portuária. Conta, ainda, com movimento comercial em Vicente de Carvalho, que é o segundo maior da Região Metropolitana. Pelo seu histórico, infraestrutura e proximidade com a capital mais populosa do país, oferece forte atrativo imobiliário e turístico. Boa parte da região da orla, nas praias próximas de centro (principalmente Astúrias, Pitangueiras, Enseada, e Tombo) é tomada por edificações dedicadas à população sazonal, que as ocupa principalmente nas férias de verão.

O turismo, sazonal, e os ganhos advindos do mercado imobiliário-turístico (incluindo impostos, compra/venda/aluguel, segurança e manutenção predial) movimentam parte significativa da economia de Guarujá.

A outra parte, relevante e não-sazonal, advém do porto (margem esquerda do Porto de Santos) e atividades afins, tais como transporte. Devido a sua proximidade com Cubatão (maior distrito industrial do país) e portos, existe também interesse pela ocupação industrial na região, iniciada em 1976 pela Dow Química,[20] ainda hoje a única grande indústria a ocupar a região.

Segundo dados do IBGE de 2006, "a produção de riquezas na área de serviços, no município, somou, naquele ano, R$ 1,820 bilhão, o equivalente a 0,14% em participação no PIB brasileiro".

Esse é o Shopping La Plage, um dos mais conhecidos da cidade. Ocupa o lugar de um antigo Hotel e Cassino


Transportes

O acesso a Guarujá (Ilha de Santo Amaro) pode ser feito por balsas da Travessia Santos-Guarujá, que partem da Ponta da Praia, em Santos. Na travessia são utilizadas seis balsas que têm capacidade para 12 a 72 carros, transportando atualmente 1500 carros por hora e 23 mil veículos por dia. É a travessia com o maior fluxo de veículos do mundo nessa categoria.

Travessia de Balsa entre Santos e Guarujá

Outro acesso é pela Rodovia Cônego Domênico Rangoni, que percorre a área continental do município de Santos, chegando à Ilha de Santo Amaro através da Ponte do Monte Cabrão, no Canal de Bertioga. Após o Canal de Bertioga, temos quatro entradas para a cidade. Uma é o Trevo da Vila Áurea; outra é a Rua Professor Idalino Pinez, mais conhecida como Rua do Adubo, ambas largamente utilizadas pelos caminhões que chegam e buscam o cais do Porto de Santos. A terceira é o viaduto que atravessa a rodovia e os bairros de Morrinhos e Vila Zilda, fazendo a ligação com o túnel em direção à praia da Enseada e outras. A quarta e mais importante entrada fica no fim do trecho sob jurisdição da Ecovias e dá acesso direto à sede do município. Pedestres podem aceder à ilha por via marítima: as barcas partem do centro de Santos com destino a Vicente de Carvalho. Há barcas também na Ponta da Praia, em Santos, com destino ao outro lado do estuário.

Portal de entrada da cidade (foto: Cris Campanella)

Além dos meios convencionais de transporte, merece destaque o uso de bicicletas. Um estudo da Agência Metropolitana (Agem) detectou que a maioria dos ciclistas faz da bicicleta o meio de transporte para o trabalho. Principalmente moradores de Vicente de Carvalho que trabalham no porto. Entre os municípios da Baixada Santista, Guarujá é o que tem o maior número de bicicletas. De acordo com o departamento de trânsito, dos 265.000 habitantes, 35.000 usam bicicleta, um mercado que vem crescendo 5% ao ano. O município conta com cinco estacionamentos exclusivos para bicicletas, alguns funcionando 24 horas. Segundo a Dersa (empresa que administra a travessia marítima entre Santos e Guarujá), transitam pelas balsas uma média diária de 14 mil bicicletas nos dois sentidos. Essa quantidade de bicicletas como meio de transporte levou as cidades da região a adequar suas estruturas urbanas para os ciclistas. Guarujá implantou 16,47 km de ciclovias e ciclofaixas.

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