Nuremberg - Alemanha
Situada ao norte da Baviera, também é a maior cidade da região histórica da Francônia, com aproximadamente 500 mil habitantes. Apesar da enorme destruição da cidade durante a Segunda Guerra Mundial, a maioria das construções medievais foram reconstruídas a partir de planos originais existentes desde a Idade Média. Até hoje o centro histórico é rodeado pela antiga muralha com uma extensão de 4 km. Também recebeu jogos da Copa das Confederações de 2005 e da Copa do Mundo em 2006, inclusive a partida mais marcante daquele torneio. Hoje, o Just Travel vai falar sobre a cidade de Nuremberg, na Alemanha. Preparados para mais uma viagem? Então vamos lá!
HISTÓRIA
A cidade foi documentada pela primeira vez em 16 de julho de 1050, no começo da Alta Idade Média, numa escritura em latim do Sacro Império Romano-Germânico como Norenberc (montanha rochosa), que deriva do alto alemão médio nuor (rocha) e berc (montanha). Trata-se do chamado "Título de liberdade de Sigena", um documento histórico, mediante o qual, o imperador e rei franco-saliano Henrique III (1039 — 1056) concede a liberdade à serva Sigena. Segundo as crenças populares, o nobre patrício Richolf desejava casar-se com Sigena, porém, como só uma mulher livre podia ter filhos legítimos com um nobre, Richolf pediu ao imperador a liberdade da sua amada.
Conforme o nome da cidade indica, o castelo de Norenberc foi construído sobre uma montanha de arenito. As primeiras habitações começaram a alastrar-se na encosta ao sul desta montanha. Graças ao imperador Henrique III foi concedido o Marktrecht à cidade, ou seja, o direito legal concedido por ordem imperial a uma cidade de realizar um mercado. A ascensão de Nuremberg foi consolidada durante o reinado de vários reis sálios que elevaram a cidade à Kaiserpfalz (palatinado imperial) em 1183 e a fortificaram com muralhas.
Foram as manufaturas, o comércio local e o comércio com regiões longínquas que garantiram a ascensão e o crescimento do vilarejo, tanto que em 1219, através da ordem do imperador Frederico II Hohenstaufen, Nuremberg tornou-se uma "Cidade Livre Imperial" (Freie Reichsstadt), adquirindo assim, o direito a autogovernar-se como instituição autônoma.
Carlos IV, que visitava frequentemente a cidade, decretou através da Bula Dourada de 1356, que cada novo imperador alemão era obrigado a realizar sua primeira Dieta Imperial em Nuremberg, aumentando ainda mais a importância da cidade no Sacro Império Romano-Germânico.
A partir de 1424 estipulou-se Nuremberg como sendo responsável pela guarda das "jóias ou insígnias imperiais" (Reichskleinodien), lançando a cidade ao auge do seu poder, tornando-se centro do Humanismo alemão (veja Conrad Celtis, Hieronymus Münzer, Hartmann Schedel), das ciências e das artes, principalmente nas áreas da pintura e escultura. Durante este tempo de prosperidade, Nuremberg era uma das maiores cidades do Sacro Império Romano-Germânico ao lado de Colônia e Praga.
Johannes Müller de Königsberg (mais tarde chamado Regiomontanus) construiu um observatório astronômico em Nuremberg em 1471, além de publicar várias cartas astronômicas. Por volta de 1500, Peter Henlein inventa o primeiro relógio de bolso, chamado de "Ovo de Nuremberg" (Nürnberger Ei).
O artista do Humanismo e do Renascimento, Albrecht Dürer criou suas obras-primas entre 1509 a 1528 em Nuremberg. Dürer desenhou em 1515, sob ordens do imperador Maximiliano I, uma carta celeste relativo aos hemisférios norte e sul, o Mapa Stabius-Dürer, tratando-se do primeiro mapa dos céus alguma vez desenhado.
Em 1543, uma importante parte do trabalho do polonês Nicolau Copérnico foi publicada em Nuremberg.
Impressores e editores não foram incomuns em Nuremberg. Muitos deles trabalharam em conjunto com artistas famosos do Renascimento, produzindo livros que se tornaram verdadeiras obras de arte. O primeiro globo terrestre, da autoria de Martinho da Boêmia (Martin Behaim), foi produzido aqui, assim como as Crônicas do Mundo (Schedelsche Weltchronik) de Hartmann Schedel, escritas no dialecto francônio local. Também escultores como Veit Stoss ou Peter Vischer estão associados a Nuremberg.
GEOGRAFIA E CLIMA
Nuremberg com uma área de 186,4 km² é limitada ao oeste por Fürth e Zirndorf, e ao sudeste por Stein e Oberasbach. Ao norte encontra-se a "Terra do Alho" (Knoblauchsland), a maior área de horticultura da Baviera responsável pelo fornecimento de verduras e frutas para Nuremberg e sua região metropolitana. As florestas Seebalder Reichswald e Lorenzer Reichswald localizadas ao nordeste, respectivamente ao leste da cidade, forneciam madeira à antiga cidade imperial no passado. Hoje em dia as florestas estão sob proteção ambiental, sendo área de recreação e de lazer.
Nuremberg localiza-se a 170 km ao norte de Munique e a 65 km ao sul de Bamberg.
A cidade é circundada por várias serras de média altura: Ao norte localiza-se a serra Parque Natural Suíço-Francônio (Naturpark Fränkische Schweiz), ao leste a serra Jura Francônio (Fränkische Alb) e ao sudoeste a região dos Lagos Francônios (Fränkische Seenplatte). O clima de Nuremberg é parcialmente continental e parcialmente temperado marítimo. A temperatura média mensal varia entre –1,4°C em janeiro e 18°C em agosto, porém, durante o verão, como por exemplo em agosto, temperaturas até 35°C podem ser alcançadas.
Pelo fato da cidade estar situada num tipo de caldeirão, rodeada por serras baixas, a pluviosidade não é muito alta, pois as serras dificultam a passagem de chuvas. Porém, a precipitação (o volume de chuvas) é maior que a taxa de evaporação e transpiração, ou seja, a umidade do ar é alta durante o ano todo.
Ocasionalmente, a cidade sofre com tempestades e temporais, como por exemplo em 28 de agosto de 2006, quando um pequeno tornado atingiu o bairro Gartenstadt, danificando severamente muitas casas.
ECONOMIA
Nuremberg, localizou-se na Via Imperii, uma antiga rota de comércio entre a Itália do norte e as ricas cidades hanseáticas do Mar do Norte. Consequentemente adquiriu grande poder econômico e importância cultural entre os séculos XIV e XVI. A partir de 1500, a descoberta do Novo Mundo e a exclusão da cidade das novas vias comerciais, provocaram uma lenta decadência econômica. Após a Guerra dos Trinta Anos, Nuremberg tinha sérios problemas financeiros, que perduraram até o começo da industrialização.
Em 1806 com apenas 25.000 habitantes a antiga cidade imperial, outrora uma cidade livre e rica, foi incorporada ao reino da Baviera, provocando uma nova ascensão econômica. Os anos 1920 do século XIX marcam o início da industrialização em Nuremberg. Tanto que em 1835 a primeira linha ferroviária da Alemanha partiu de Nuremberg com destino a cidade vizinha Fürth. Ao sul desde a linha ferroviária desenvolveram-se grandes pólos industriais e novas áreas residenciais, de forma que em 1881 a cidade contava 100.000 habitantes. Principalmente as manufaturas para lápis (Faber Castell) e de brinquedos prosperaram, bem como a indústria metalúrgica.
No século XIX expandiram as indústrias dos chocolates e do Lebkuchen, doce pelo qual a cidade até hoje é conhecida. As indústrias em volta do fabrico do Lebkuchen são de grande importância econômica até hoje a nível nacional e internacional, pois exportam seus produtos mundialmente. O termo Nürnberger Lebkuchen é uma denominação de origem protegida desde 1996. Somente três fabricantes localizados na área urbana da cidade podem denominar seus produtos de Lebkuchen do tipo Nuremberg: as empresas ifri-Schuhmann GmbH & Co. kg, Lambertz-Gruppe e Lebkuchen-Schmidt GmbH & Co. kg.
Apesar da enorme destruição da cidade durante a Segunda Guerra Mundial por bombardeios, Nuremberg tornou-se novamente um importante centro econômico em meados do século XX, devido a várias indústrias no ramo químico, metalúrgico e mecânico, que se estabeleceram no perímetro urbano.
Com o crescimento da União Europeia em direção ao leste europeu, Nuremberg adquiriu uma posição central, sendo um ótimo gateway para centros financeiros como Varsóvia (Polônia), Praga (República Tcheca), Viena (Áustria), Budapeste (Hungria) ou Istambul (Turquia). Consequentemente as atividades comerciais com o leste europeu estão em crescimento, tanto que muitas empresas de transporte e de logística estabeleceram-se em Nuremberg favorecendo o localização central.
Hoje em dia, Nuremberg é o segundo mais importante centro econômico da Baviera depois de Munique.
TRANSPORTE
O centro antigo está dividido em cinco áreas de trânsito, denominadas de "Solução circular" (Schleifenlösung). Caso você queira locomover-se de carro de uma área para outra dentro do centro histórico rodeado pela muralha, será forçado a sair do centro por um portão da muralha e direcionar-se a um outro portão que dê acesso a nova área. O limite de velocidade no centro é de 30 km/hora, além do mais é proibido circular de carro na região em volta do castelo imperial durante a noite. Os estacionamentos livres no centro são limitados, normalmente reservados aos moradores da região. Existem porém, vários estacionamentos públicos e o sistema de estacionamentos de intercâmbio.
Nuremberg localiza-se na junção de várias auto-estradas importantes:
Nuremberg localiza-se a 170 km ao norte de Munique |
HISTÓRIA
A cidade foi documentada pela primeira vez em 16 de julho de 1050, no começo da Alta Idade Média, numa escritura em latim do Sacro Império Romano-Germânico como Norenberc (montanha rochosa), que deriva do alto alemão médio nuor (rocha) e berc (montanha). Trata-se do chamado "Título de liberdade de Sigena", um documento histórico, mediante o qual, o imperador e rei franco-saliano Henrique III (1039 — 1056) concede a liberdade à serva Sigena. Segundo as crenças populares, o nobre patrício Richolf desejava casar-se com Sigena, porém, como só uma mulher livre podia ter filhos legítimos com um nobre, Richolf pediu ao imperador a liberdade da sua amada.
Conforme o nome da cidade indica, o castelo de Norenberc foi construído sobre uma montanha de arenito. As primeiras habitações começaram a alastrar-se na encosta ao sul desta montanha. Graças ao imperador Henrique III foi concedido o Marktrecht à cidade, ou seja, o direito legal concedido por ordem imperial a uma cidade de realizar um mercado. A ascensão de Nuremberg foi consolidada durante o reinado de vários reis sálios que elevaram a cidade à Kaiserpfalz (palatinado imperial) em 1183 e a fortificaram com muralhas.
Foram as manufaturas, o comércio local e o comércio com regiões longínquas que garantiram a ascensão e o crescimento do vilarejo, tanto que em 1219, através da ordem do imperador Frederico II Hohenstaufen, Nuremberg tornou-se uma "Cidade Livre Imperial" (Freie Reichsstadt), adquirindo assim, o direito a autogovernar-se como instituição autônoma.
Carlos IV, que visitava frequentemente a cidade, decretou através da Bula Dourada de 1356, que cada novo imperador alemão era obrigado a realizar sua primeira Dieta Imperial em Nuremberg, aumentando ainda mais a importância da cidade no Sacro Império Romano-Germânico.
A partir de 1424 estipulou-se Nuremberg como sendo responsável pela guarda das "jóias ou insígnias imperiais" (Reichskleinodien), lançando a cidade ao auge do seu poder, tornando-se centro do Humanismo alemão (veja Conrad Celtis, Hieronymus Münzer, Hartmann Schedel), das ciências e das artes, principalmente nas áreas da pintura e escultura. Durante este tempo de prosperidade, Nuremberg era uma das maiores cidades do Sacro Império Romano-Germânico ao lado de Colônia e Praga.
Nuremberg em 1895 |
Johannes Müller de Königsberg (mais tarde chamado Regiomontanus) construiu um observatório astronômico em Nuremberg em 1471, além de publicar várias cartas astronômicas. Por volta de 1500, Peter Henlein inventa o primeiro relógio de bolso, chamado de "Ovo de Nuremberg" (Nürnberger Ei).
O artista do Humanismo e do Renascimento, Albrecht Dürer criou suas obras-primas entre 1509 a 1528 em Nuremberg. Dürer desenhou em 1515, sob ordens do imperador Maximiliano I, uma carta celeste relativo aos hemisférios norte e sul, o Mapa Stabius-Dürer, tratando-se do primeiro mapa dos céus alguma vez desenhado.
Em 1543, uma importante parte do trabalho do polonês Nicolau Copérnico foi publicada em Nuremberg.
Impressores e editores não foram incomuns em Nuremberg. Muitos deles trabalharam em conjunto com artistas famosos do Renascimento, produzindo livros que se tornaram verdadeiras obras de arte. O primeiro globo terrestre, da autoria de Martinho da Boêmia (Martin Behaim), foi produzido aqui, assim como as Crônicas do Mundo (Schedelsche Weltchronik) de Hartmann Schedel, escritas no dialecto francônio local. Também escultores como Veit Stoss ou Peter Vischer estão associados a Nuremberg.
GEOGRAFIA E CLIMA
Nuremberg com uma área de 186,4 km² é limitada ao oeste por Fürth e Zirndorf, e ao sudeste por Stein e Oberasbach. Ao norte encontra-se a "Terra do Alho" (Knoblauchsland), a maior área de horticultura da Baviera responsável pelo fornecimento de verduras e frutas para Nuremberg e sua região metropolitana. As florestas Seebalder Reichswald e Lorenzer Reichswald localizadas ao nordeste, respectivamente ao leste da cidade, forneciam madeira à antiga cidade imperial no passado. Hoje em dia as florestas estão sob proteção ambiental, sendo área de recreação e de lazer.
Vista de Nuremberg e Fürth, além do canal Meno-Danúbio (Main-Donau-Kanal) passando por uma ponte |
A cidade é circundada por várias serras de média altura: Ao norte localiza-se a serra Parque Natural Suíço-Francônio (Naturpark Fränkische Schweiz), ao leste a serra Jura Francônio (Fränkische Alb) e ao sudoeste a região dos Lagos Francônios (Fränkische Seenplatte). O clima de Nuremberg é parcialmente continental e parcialmente temperado marítimo. A temperatura média mensal varia entre –1,4°C em janeiro e 18°C em agosto, porém, durante o verão, como por exemplo em agosto, temperaturas até 35°C podem ser alcançadas.
Pelo fato da cidade estar situada num tipo de caldeirão, rodeada por serras baixas, a pluviosidade não é muito alta, pois as serras dificultam a passagem de chuvas. Porém, a precipitação (o volume de chuvas) é maior que a taxa de evaporação e transpiração, ou seja, a umidade do ar é alta durante o ano todo.
Neve em Nuremberg |
ECONOMIA
Nuremberg, localizou-se na Via Imperii, uma antiga rota de comércio entre a Itália do norte e as ricas cidades hanseáticas do Mar do Norte. Consequentemente adquiriu grande poder econômico e importância cultural entre os séculos XIV e XVI. A partir de 1500, a descoberta do Novo Mundo e a exclusão da cidade das novas vias comerciais, provocaram uma lenta decadência econômica. Após a Guerra dos Trinta Anos, Nuremberg tinha sérios problemas financeiros, que perduraram até o começo da industrialização.
Em 1806 com apenas 25.000 habitantes a antiga cidade imperial, outrora uma cidade livre e rica, foi incorporada ao reino da Baviera, provocando uma nova ascensão econômica. Os anos 1920 do século XIX marcam o início da industrialização em Nuremberg. Tanto que em 1835 a primeira linha ferroviária da Alemanha partiu de Nuremberg com destino a cidade vizinha Fürth. Ao sul desde a linha ferroviária desenvolveram-se grandes pólos industriais e novas áreas residenciais, de forma que em 1881 a cidade contava 100.000 habitantes. Principalmente as manufaturas para lápis (Faber Castell) e de brinquedos prosperaram, bem como a indústria metalúrgica.
No século XIX expandiram as indústrias dos chocolates e do Lebkuchen, doce pelo qual a cidade até hoje é conhecida. As indústrias em volta do fabrico do Lebkuchen são de grande importância econômica até hoje a nível nacional e internacional, pois exportam seus produtos mundialmente. O termo Nürnberger Lebkuchen é uma denominação de origem protegida desde 1996. Somente três fabricantes localizados na área urbana da cidade podem denominar seus produtos de Lebkuchen do tipo Nuremberg: as empresas ifri-Schuhmann GmbH & Co. kg, Lambertz-Gruppe e Lebkuchen-Schmidt GmbH & Co. kg.
Apesar da enorme destruição da cidade durante a Segunda Guerra Mundial por bombardeios, Nuremberg tornou-se novamente um importante centro econômico em meados do século XX, devido a várias indústrias no ramo químico, metalúrgico e mecânico, que se estabeleceram no perímetro urbano.
A feira de Nuremberg |
Hoje em dia, Nuremberg é o segundo mais importante centro econômico da Baviera depois de Munique.
TRANSPORTE
O centro antigo está dividido em cinco áreas de trânsito, denominadas de "Solução circular" (Schleifenlösung). Caso você queira locomover-se de carro de uma área para outra dentro do centro histórico rodeado pela muralha, será forçado a sair do centro por um portão da muralha e direcionar-se a um outro portão que dê acesso a nova área. O limite de velocidade no centro é de 30 km/hora, além do mais é proibido circular de carro na região em volta do castelo imperial durante a noite. Os estacionamentos livres no centro são limitados, normalmente reservados aos moradores da região. Existem porém, vários estacionamentos públicos e o sistema de estacionamentos de intercâmbio.
Os bondes que circulam pela cidade |
- A auto-estrada federal A3 atravessa a Alemanha de sudoeste a noroeste, conectando Viena, na Áustria, até a Holanda.
- A auto-estrada federal A6 percorre a Alemanha de oeste a leste, partindo da França até Praga, na República Tcheca.
- Na direção norte-sul passa a auto-estrada federal A9, conectando Berlim a Munique.
A responsável pelo transporte público de Nuremberg é a empresa Verkehrs-Aktiengesellschaft Nürnberg (VAG). Em 2006 a VAG transportou 194,79 milhões de pessoas, utilizando bondes, metrô, trens interurbanos e ônibus. Nuremberg tem no total 1138,8 km de estradas (dados de 2006).
Nuremberg possui quatro linhas de metrô, seis linhas de bondes, além de várias linhas de ônibus. As quatro linhas de metrô (U1, U11,U21 e U3) acessam os mais importantes pontos da cidade, como o aeroporto, a estação ferroviária, o areal das feiras comerciais "NürnbergerMesse", o centro histórico e a cidade satélite Fürth. O ponto central do transporte público é a estação ferroviária central e a praça Plärrer. A estação ferroviária central de Nuremberg localiza-se ao sul do centro histórico e é uma importante estação para trens de alta velocidade do tipo ICE (InterCityExpress), IC (InterCity) e EC (EuroCity) utilizados para viagens a longa distância.
Trem de alta velocidade ICE3 percorre o trecho Nuremberg — Ingolstadt — Munique a 300 km/hora, reduzindo o tempo de viagem de três horas para até uma hora |
De hora em hora passam trens do tipo InterCity em direção às maiores cidades alemãs. O trem ICE3 por exemplo, percorre o trecho Nuremberg — Ingolstadt — Munique a 300 km/hora, reduzindo o tempo de viagem de três horas para até uma hora. Pela estação passa também o trem ICE com conexão direta entre Munique e Berlim. Vários trens do tipo EuroCity (EC) passam pela estação interligando Viena (Áustria) ao Vale do Ruhr, e Praga (República Tcheca) a Nuremberg.
Junto à estação encontra-se o metrô (linha U2) com conexão direta até o Aeroporto de Nuremberg.
O aeroporto de Nuremberg (Flughafen Nürnberg) representa o aeroporto internacional para a região da Francônia e é o segundo maior da Baviera, oferecendo mais de 60 voos diretos tanto nacionais como internacionais. A companhia aérea Air Berlin usa o aeroporto como hub para a maioria dos seus voos.
Em 2005 foram transportados 3,8 milhões de passageiros e 80.000 toneladas de mercadorias. O aeroporto emprega aproximadamente 4.050 pessoas.
Aeroporto de Nuremberg |
O aeroporto localiza-se a 7 km ao norte do centro de Nuremberg e pode ser acessado através da linha de metrô U2. Nuremberg possui aproximadamente 5,7 km de zonas de pedestres no centro antigo. Existem muitos passeios ao longo do rio Pegnitz, bem como ao redor do lago Wörder See.
A locomoção por bicicleta no centro da cidade é bastante limitada, pois é proibido andar de bicicleta nas zonas de pedestres. Somente a noite é permitido usar bicicleta nesta zona. As ciclovias fora do centro são precárias, somente as vias ao longo do rio Pegnitz são bem organizadas.
EDUCAÇÃO
Nuremberg oferece um sistema educacional completo, baseado no sistema escolar do estado da Baviera. Isto inclui o ensino básico e secundário, escolas profissionalizantes e técnicas, bem como o ensino superior.
Em 1575 foi fundada a "publica et trivialis schola", que se tornaria a universidade da cidade imperial de Nuremberg em 1623. Hoje em dia a Universidade de Erlangen-Nuremberg (Friedrich-Alexander-Universität Erlangen-Nürnberg) é a mais importante instituição de ensino da região. É a segunda maior universidade da Baviera, com 11 faculdades, 265 cadeiras catedráticas e com mais de 10.000 funcionários. Estão matriculados cerca de 22.000 estudantes (dados de 2007), sendo 16.000 estudantes em Erlangen e 6.000 em Nuremberg.
A Academia de Artes (Akademie der Bildenden Künste) fundada em 1662 por Joachim Nützel von Sündersbühl, Jakob von Sandrart e do arquiteto Elias von Goedeler, é a mais antiga escola de artes no território germânico. A academia tem atualmente aproximadamente 8.400 alunos, sendo seus tópicos de estudo artes aplicadas e artes livres.
A Universidade de Ciências Aplicadas Georg-Simon-Ohm Nuremberg (Georg-Simon-Ohm-Hochschule Nürnberg) fundada por Johannes Scharrer em 1823, sendo inicialmente a "Escola Politécnica Municipal", é hoje em dia uma das mais antigas escolas técnicas do continente europeu. O físico Georg Simon Ohm foi professor de 1833 a 1848 nesta instituição escolar, que atualmente tem aproximadamente 8.400 estudantes de 91 nações inscritos.
Ainda devem ser mencionadas a Universidade Protestante de Nuremberg (Evangelische Fachhochschule Nürnberg) com aproximadamente 850 estudantes e a Academia de Música Nuremberg-Augsburgo (Hochschule für Musik Nürnberg-Augsburg) com aproximadamente 530 estudantes. Há também instituições escolares privadas a nível superior, como a ibs International Business School e a Universidade de Ciências Aplicadas para Economia e Management (Fachhochschule für Oekonomie & Management).
CULINÁRIA/GASTRONOMIA
A cozinha típica de Nuremberg baseia-se na cultura da região histórica Francônia, sendo seus exemplos mais conhecidos, e não só a nível nacional, o doce natalino Lebkuchen nurembergense (Nürnberger Lebkuchen) e as salsichas grelhadas a modo nurembergense (Nürnberger Rostbratwurst). Tanto Nürnberger Lebkuchen como Nürnberger Rostbratwurst são denominações de origem protegida na Comunidade europeia.
Schäuferla - ombro de porco assado à pururuca com Knödel |
Outros pratos típicos são o chamado Schäuferla, tratando-se de um ombro de porco assado à pururuca, além da Aischgründer Karpfen ou seja, carpa do vale Aischgrund.
Nuremberg faz parte da região denominada Bierfranken ou seja, Francônia cervejeira, que com mais de 300 cervejarias tem a maior densidade de cervejarias por número de habitantes do mundo. Em inúmeros Biergarten (Jardins de cerveja) espalhados pela cidade, são apreciados as típicas cervejas francônias acompanhadas por um Pretzel.
ESPORTES
Nuremberg é a sede do clube de futebol 1. FC Nürnberg, que atua no Campeonato Alemão de Futebol. O clube de futebol conquistou nove vezes o campeonato alemão e três vezes a Copa da Alemanha. O estádio Frankenstadion foi um dos estádios utilizados na Copa das Confederações 2005 e na Copa do Mundo de 2006.
O Frankenstadion recebeu jogos da Copa das Confederações em 2005 e da Copa do Mundo em 2006, entre eles o emblemático Portugal x Holanda das oitavas de final |
Acontecimentos esportivos importantes são o International ADAC Norisring Speedweekend, uma corrida de carro de alta velocidade realizada anualmente em meados de julho e a competição internacional de ciclismo "Em volta do centro antigo" (Rund um die Nürnberger Altstadt).
A BATALHA DE NUREMBERG - HOLANDA 0x1 PORTUGAL
No dia 25 de junho de 2006, Portugal e Holanda se enfrentariam pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Mal sabiam os presentes no estádio e os fãs de futebol pelo mundo todo que aquele seria o jogo mais violento da história das Copas, com duas expulsões para cada lado (Boulahrouz e Van Bronckhorst pela Holanda, Costinha e o brasileiro Deco por Portugal). A seleção portuguesa era comandada por Luiz Felipe Scolari, técnico pentacampeão do mundo com o Brasil em 2002 e com uma série invicta desde então, enquanto a Laranja Mecânica tinha como técnico o ex-jogador Marco van Basten, um dos maiores nomes da história do futebol holandês.
O árbitro russo Valentin Ivanov expulsa Deco: meia luso-brasileiro foi apenas um dos quatro que receberam cartão vermelho no jogo mais violento da história das Copas do Mundo |
Portugal tinha nomes como o veterano Luís Figo, melhor jogador do mundo em 2001, Pedro Pauleta, que fez história jogando no PSG, da França, além de jogadores como Maniche (que fez o gol da vitória lusitana naquela partida), o brasileiro Deco (naturalizado português e com passagens por times como Porto, Barcelona, Chelsea, Corinthians e Fluminense, onde encerrou a carreira com um título brasileiro em 2012), além dele, Cristiano Ronaldo. O "gajo" já despontava como o sucessor de Figo na seleção portuguesa e havia marcado um gol na fase de grupos, na vitória sobre o Irã. Contra a Holanda, saiu machucado após levar uma entrada violenta do zagueiro Khalid Boulahrouz.
Maniche chuta com força para vencer o goleiro Van der Sar e classificar a seleção portuguesa |
O jogo terminou com a classificação de Portugal para a fase de quartas de final da Copa do Mundo, onde enfrentaram a Inglaterra e só pararam nas semifinais, perdendo para a França, que viria a ser vice-campeã. Os portugueses terminaram o torneio na quarta colocação, tendo perdido para os donos da casa na disputa de terceiro lugar por 3 a 1, em jogo que marcou a despedida do goleiro Oliver Kahn da seleção germânica.
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