Pripyat - Ucrânia
Uma cidade-modelo da extinta União Soviética, construída em 1970. Servia como lar dos trabalhadores da usina nuclear de Chernobyl. Uma população bem jovem. Foi proclamada como uma cidade em 1979. Sete anos depois, uma tragédia marcaria a cidade e muitos habitantes dela para sempre. Estamos falando de Pripyat, a cidade-fantasma mais famosa do mundo. A cidade que ficou mundialmente famosa pelo maior desastre nuclear da história, ocorrido em abril de 1986. O local foi aberto para visitação pública em 2011, depois que os níveis de radiação baixaram. A usina foi desativada completamente em 2000. Hoje, uma nova cobertura está sendo construída para substituir o "sarcófago", que cobre o reator 4, evitando o vazamento de mais radiação. Vamos conhecer mais sobre Pripyat? Então arrume as malas e vamos viajar!
HISTÓRIA
A cidade documenta bem a era mais tardia da extinta União Soviética, visto que os edifícios abandonados (de apartamentos, hospitais, etc.) ainda carregam objetos desses tempos idos, como brinquedos, roupas e discos. No topo de edifícios, a foice e o martelo. Símbolos do comunismo, os maiores símbolos da URSS. A cidade em si e os arredores não são seguros como lugar de habitação pelos próximos séculos. Os cientistas supõem que os elementos radioativos mais perigosos precisarão de 900 anos para atingir níveis que permitam ao ser humano voltar a habitar a zona.
Entretanto, logo após o acidente nuclear, muitos se negaram a sair de lá e abandonarem suas famílias, suas casas e suas vidas, correndo enorme risco à saúde. Muitos foram adoecendo com o tempo e desenvolvendo doenças como câncer de tireoide. Pripyat foi fundada em fevereiro de 1970, para servir de lar dos trabalhadores da Usina Nuclear de Chernobyl, que levava o nome de uma cidade vizinha. Proclamada como cidade apenas 9 anos depois, foi evacuada para sempre em abril de 1986. Mas o que aconteceu? O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países, como a Suécia.
"Boa tarde, meus camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle".
Mikhail Gorbachev, então presidente da União Soviética, em pronunciamento após o desastre.
DESASTRE NUCLEAR
A Usina de Chernobyl foi palco do maior desastre nuclear da história da humanidade. Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, o reator 4 explodiu após uma falha no resfriamento. A partir daquela noite, estrôncio 90, iodo 131, césio 127 – uma lista apavorante dos elementos radiativos mais perigosos - se misturavam ao ar de Chernobyl. O acidente foi de madrugada, mas as pessoas da cidade de Pripyat – a 4 quilômetros do reator – iniciaram, pela manhã, seus afazeres diários, pois a população ainda não sabia do ocorrido. Só na noite de sábado, as autoridades decidiram tirar a população em um raio de 30km de Chernobyl e 49.000 pessoas deixaram suas casas só com a roupa do corpo, sem dinheiro ou perspectiva de futuro. A radiação que vazou para atmosfera era tanta que equivale a 200 vezes as bombas de Hiroshima e Nagasaki juntas. E essa nuvem tóxica que subiu para a Europa, só na Ucrânia, exterminou 30 mil, 40 mil vidas em pouco tempo por causa de câncer, e tem consequências até hoje.
Um exército de operários, sem equipamento apropriado, passou seis meses construindo uma estrutura de isolamento sobre o reator. Nenhum trabalhador sobreviveu. O posto mais próximo da velha usina que civis são autorizados a chegar desde 1986 fica a apenas 200 metros de distância do chamado sarcófago, a gigantesca cobertura de pedra e concreto que selou o reator número quatro de Chernobyl. Após quase 30 anos, a radiação no local está acima de 250 microrroentgens, o sistema que mede a radioatividade nuclear: 10 vezes mais do que o normal para os seres vivos. 15 minutos é o tempo máximo de permanência no local próximo da usina, que foi desativada em dezembro de 2000.
Antes de deixar a região onde fica a usina de Chernobyl, os visitantes devem passar por uma máquina detectora de radiação. É o momento crucial da visita. A máquina analisa o corpo. Se está tudo bem, um pequeno portão abre, e o visitante está livre para seguir tranquilamente.
TURISMO RADICAL
Apesar do iminente perigo da radiação, pessoas se arriscam visitando a cidade fantasma e a temida zona de exclusão, onde o nível de radioatividade é imenso. O tema, inclusive, virou até filme. Lançado em 2012, o longa "Chernobyl: sinta a radiação" conta a história de um grupo de jovens que visita a cidade fantasma de Pripyat. Um deles ouve falar de uma agência de turismo radical, que pode levá-los à experiência inusitada. A área voltou a ser aberta para visitação em 2010, 24 anos depois do desastre. A chamada zona de exclusão, uma área altamente contaminada num raio de 48 quilômetros do reator que explodiu, foi evacuada e isolada após o acidente. Todas as visitas foram proibidas. Atualmente, cerca de 2.500 funcionários seguem mantendo os resquícios da usina, trabalhando em turnos para minimizar sua exposição à radiação.
Parque Infantil nunca foi inaugurado. É um dos lugares com maior |
A cidade documenta bem a era mais tardia da extinta União Soviética, visto que os edifícios abandonados (de apartamentos, hospitais, etc.) ainda carregam objetos desses tempos idos, como brinquedos, roupas e discos. No topo de edifícios, a foice e o martelo. Símbolos do comunismo, os maiores símbolos da URSS. A cidade em si e os arredores não são seguros como lugar de habitação pelos próximos séculos. Os cientistas supõem que os elementos radioativos mais perigosos precisarão de 900 anos para atingir níveis que permitam ao ser humano voltar a habitar a zona.
A foice e o martelo no topo de um dos edifícios: Pripyat parou no tempo |
"Boa tarde, meus camaradas. Todos vocês sabem que houve um inacreditável erro – o acidente na usina nuclear de Chernobyl. Ele afetou duramente o povo soviético, e chocou a comunidade internacional. Pela primeira vez, nós confrontamos a força real da energia nuclear, fora de controle".
Mikhail Gorbachev, então presidente da União Soviética, em pronunciamento após o desastre.
DESASTRE NUCLEAR
A Usina de Chernobyl foi palco do maior desastre nuclear da história da humanidade. Na madrugada do dia 26 de abril de 1986, o reator 4 explodiu após uma falha no resfriamento. A partir daquela noite, estrôncio 90, iodo 131, césio 127 – uma lista apavorante dos elementos radiativos mais perigosos - se misturavam ao ar de Chernobyl. O acidente foi de madrugada, mas as pessoas da cidade de Pripyat – a 4 quilômetros do reator – iniciaram, pela manhã, seus afazeres diários, pois a população ainda não sabia do ocorrido. Só na noite de sábado, as autoridades decidiram tirar a população em um raio de 30km de Chernobyl e 49.000 pessoas deixaram suas casas só com a roupa do corpo, sem dinheiro ou perspectiva de futuro. A radiação que vazou para atmosfera era tanta que equivale a 200 vezes as bombas de Hiroshima e Nagasaki juntas. E essa nuvem tóxica que subiu para a Europa, só na Ucrânia, exterminou 30 mil, 40 mil vidas em pouco tempo por causa de câncer, e tem consequências até hoje.
"Sarcófago" foi construído às pressas em 1986 para conter a radiação. 30 anos depois, ainda está de pé, mas uma nova cobertura vai selar o reator 4 para sempre |
Antes de deixar a região onde fica a usina de Chernobyl, os visitantes devem passar por uma máquina detectora de radiação. É o momento crucial da visita. A máquina analisa o corpo. Se está tudo bem, um pequeno portão abre, e o visitante está livre para seguir tranquilamente.
TURISMO RADICAL
Apesar do iminente perigo da radiação, pessoas se arriscam visitando a cidade fantasma e a temida zona de exclusão, onde o nível de radioatividade é imenso. O tema, inclusive, virou até filme. Lançado em 2012, o longa "Chernobyl: sinta a radiação" conta a história de um grupo de jovens que visita a cidade fantasma de Pripyat. Um deles ouve falar de uma agência de turismo radical, que pode levá-los à experiência inusitada. A área voltou a ser aberta para visitação em 2010, 24 anos depois do desastre. A chamada zona de exclusão, uma área altamente contaminada num raio de 48 quilômetros do reator que explodiu, foi evacuada e isolada após o acidente. Todas as visitas foram proibidas. Atualmente, cerca de 2.500 funcionários seguem mantendo os resquícios da usina, trabalhando em turnos para minimizar sua exposição à radiação.
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