Londres - Inglaterra

Talvez a mais visitada cidade da Europa (competindo com Paris), capital da Inglaterra e do Reino Unido. Possui quatro patrimônios mundiais. Seu metrô é a mais antiga rede ferroviária subterrânea do mundo. Sediou três edições dos Jogos Olímpicos e recebeu a final da Copa do Mundo de 1966, a única vencida pela Inglaterra. Sim, estamos falando de Londres! 

Muitos brasileiros vão pra Londres a passeio, negócios e também para estudar e morar. A cidade tem um leque de atrações para todos os gostos. Pra quem gosta de noitadas, ou de ir comer em um pub, ou ver um jogo do Campeonato Inglês de futebol no campo do Chelsea, do Arsenal ou do Tottenham.


Tower Bridge é um dos pontos turísticos da capital inglesa

HISTÓRIA

Duas descobertas recentes indicam prováveis assentamentos muito antigos próximos ao Tamisa, na área de Londres. Em 1999, os restos de uma ponte da Idade do Bronze foram encontrados na área costeira ao norte da Vauxhall Bridge. Esta ponte ou cruzava o rio Tâmisa, ou era ligada a uma ilha (perdida) no rio. Técnicas de dendrologia dataram as madeiras ao ano de 1500 a.C. Em 2010, as bases de uma grande estrutura de madeira, datada de 4500 a.C, foram encontradas na área costeira do Tâmisa, ao sul de Vauxhall Bridge. A função dessa estrutura mesolítica ainda não é conhecida. Ambas as estruturas estão em South Bank, em um ponto de cruzamento natural, onde o rio Effra deságua no rio Tamisa.


Embora não haja evidências de assentamentos britônicas dispersos na área, a cidade começou quando foi fundada por volta de 43 d.C. com o nome de Londínio, no tempo em que as tropas do exército romano lideradas pelo imperador Cláudio tomaram posse da Inglaterra. Os romanos utilizaram materiais de construção da época para a realização das obras de um porto fluvial na margem norte do rio Tâmisa, que ainda não o era como de hoje. Na verdade, os romanos apontaram esse lugar como propício para a sua construção porque nas margens do rio, a leste desse ponto estratégico, existiam muitas áreas pantanosas. O porto recebeu dos romanos o nome de Londínio, que na língua inglesa quer dizer London e na língua portuguesa pode ser traduzido como Londres.

Esta fase durou cerca de 25 anos até a pilhagem pelos icenos, tribo celta, liderada pela rainha Boadiceia. Londres foi reconstruída, possibilitando um rápido desenvolvimento nos anos seguintes. Acredita-se que se tenha tornado a capital da Britânia no século II, substituindo a antiga capital, Colchester. 

Principalmente a partir de meados da década de 1960, Londres tornou-se um centro para a cultura jovem mundial, exemplificada pela subcultura Swinging London, associada a King's Road, Chelsea e Carnaby Street. Esse papel de polo cultural foi revivido durante a era punk. Em 1965, os limites políticos de Londres foram expandidos para levar em conta o crescimento de sua enorme área urbana e o novo Conselho da Grande Londres foi criado. Durante os distúrbios na Irlanda do Norte conhecidos como The Trouble, a cidade sofreu a ataques com bombas promovidos pelo Exército Republicano Irlandês (IRA).

A desigualdade racial foi destacada pelo motim de Brixton em 1981. A população da Grande Londres diminuiu de forma constante nas décadas após a Segunda Guerra Mundial, a partir de um pico estimado de 8,6 milhões em 1939 para cerca de 6,8 milhões em 1980. Os principais portos de Londres mudaram-se para Felixstowe e Tilbury, o que tornou a área das Docas de Londres um foco para a regeneração com o desenvolvimento de centro financeiro de Canary Wharf, o que foi consolidado com o papel cada vez maior de Londres como um centro financeiro internacional durante a década de 1980.


Ruas de Londres em ruínas após bombardeio da Alemanha nazista, durante a segunda guerra mundial.

CLIMA

Londres tem um clima temperado oceânico (Köppen: Cfb), similar a grande parte do sul da Grã-Bretanha. Apesar de sua reputação de ser uma cidade chuvosa, Londres recebe menos precipitação (com 601 milímetros por ano) do que Roma (834 milímetros), Bordeaux (923 mm), Toulouse (668 mm) e Nápoles (1006 mm). Os invernos são geralmente frios, com geadas ocorrendo geralmente os subúrbios, em média, duas vezes por semana de novembro a março. A neve geralmente ocorre cerca de quatro ou cinco vezes por ano, principalmente entre dezembro e fevereiro. A queda de neve nos meses de março e abril é rara, mas ocorre a cada dois ou três anos. As temperaturas do inverno raramente caem abaixo de -4 °C (24,8 °F) ou acima de 14 °C (57,2 °F). Durante o inverno de 2010, Londres registrou a sua temperatura mais baixa, -14 °C, em Northolt, e a neve mais pesada vista por quase duas décadas, uma enorme pressão sobre a infraestrutura de transportes londrina.

Os registros de temperaturas extremas em Londres vai de 38,1°C (100,6 °F), em Kew durante agosto de 2003, até -16,1 °C (3,0 °F) em Northolt, durante janeiro de 1962. Temperaturas abaixo de -20ºC (-4,0 °F) têm sido observados desde antes do século XX, mas a precisão não pode ser validada.


Os verões londrinos são geralmente quentes e, às vezes, o calor é impulsionado pelo efeito urbano de ilha de calor, o que faz com que o centro da cidade fique até 5ºC mais alta do que nos subúrbios e periferias. A temperatura média do verão de Londres é de 24°C (75,2 °F). Em média, há sete dias por ano com temperaturas acima de 30°C (86,0°F) e dois dias por ano acima de 32°C (89,6 °F). Temperaturas de 26°C (79°F) ocorrem semanalmente entre meados de junho e o final de agosto.


Neve em Londres.
Pra você que tem Londres em seu roteiro de viagem e ainda não sabe em quais lugares ir, nosso blog te dará uma forcinha com um guia.

PONTOS TURÍSTICOS

Palácio de Westminster: O palácio é um dos maiores Parlamentos do mundo, constituindo um dos ex-libris de Londres, o que faz dele um dos edifícios mais célebres do planeta.

O esquema do palácio é intrincado, com os edifícios existentes a conterem mais de 1000 salas, 100 escadarias, e 3 milhas (5 km.) de corredores. Apesar da maior parte da construção datar do século XIX, entre os edifícios originais do Palácio encontra-se o Westminster Hall, usado actualmente para importantes cerimónias públicas, tal como os Funerais de Estado, e a Torre da Jóia (Jewel Tower).

O controle do Palácio de Westminster e do seu recinto foi exercido durante séculos pelo representante da Rainha, o Grande Lord Camareiro (Lord Great Chamberlain). Por acordo com a Coroa, o controle passou para as duas Câmaras em 1965. Certas salas de cerimónia continuam a ser controladas pelo Grande Lord Camareiro.

Depois de um incêndio em 1834, as presentes Casas do Parlamento foram reconstruidas nos 30 anos seguintes. Foram obra do arquitecto Sir Charles Barry (1795-1860) e do seu assistente Augustus Welby Pugin (1812-1852). O desenho incorporou o Westminster Hall e o que restava da capela de St Stephen.

Todos os cidadãos britânicos têm o direito tradicional de pedir para verem os seus membros do Parlamento, encontrando-se no decoradíssimo Salão Central (Central Lobby). Durante as reuniões do Parlamento é possível assistir aos debates a partir da Galeria dos Estranhos (Strangers' Galleries). Até a Rainha está sujeita a restrições. Durante a Estado de Parlamento Aberto (State Opening of Parliament) a soberana deve sentar-se no trono entre os Lordes enquanto o Primeiro-Ministro e os membros do Gabinete são convidados a entrar pela Câmara dos Comuns - um costume que remonta à intrusão arbitrária de Carlos I para pedir a prisão de cinco membros do Parlamento, tendo, no entanto, falhado no seu propósito. No extremo Noroeste do Palácio fica a mais famosa das suas torres, a Torre do Relógio, (popularmente referido como Big Ben), a qual mede 96 metros (316 pés) de altura. A Torre do Relógio alberga um grande relógio conhecido como o "Grande Relógio de Westminster" (Great Clock of Westminster). Em cada um dos quatro lados da torre fica uma face do grande relógio. A torre também contém cinco sinos, os quais constituem um carrilhão que emite uma melodia, conhecida como "Westminster Chimes", a cada quarto de hora. O maior e mais famoso dos sinos é o Big Ben (oficialmente, o Grande Sino de Westminster), o qual toca a cada hora. Este é o terceiro sino mais pesado da Inglaterra, pesando cerca de 13,8 toneladas. Apesar de o termo "Big Ben" propriamente se referir apenas ao sino, é muitas vezes aplicado coloquialmente a todo o conjunto da Torre.

Em 2012, a torre do Big Ben foi rebatizada de "Elizabeth Tower" em honra do jubileu de diamante da rainha Isabel II.


Palácio de Westminster é um dos edifícios mais célebres do mundo

Palácio de Buckingham: É a residência oficial e principal local de trabalho do Monarca do Reino Unido em Londres. Localizado na Cidade de Westminster, o palácio é frequentemente o centro de ocasiões de estado e hospitalidade real. Ele já foi o foco do povo britânico em tempos de alegria nacional.

Originalmente conhecido como Casa Buckingham, o prédio que hoje forma o núcleo do palácio era uma grande casa de cidade construída em 1703 para John Sheffield, 1.º Duque de Buckingham e Normanby, em um local que era propriedade privada por pelo menos 150 anos. Foi subsequentemente comprado em 1761 pelo rei Jorge III como residência particular para a rainha Carlota de Mecklemburgo-Strelitz e ficou conhecido como "A Casa da Rainha". Buckingham foi ampliado durante o século XIX, principalmente pelos arquitetos John Nash e Edward Blore, que criaram três alas ao redor de um pátio central. O Palácio de Buckingham finalmente tornou-se a residência oficial do monarca britânico em 1837 com a ascensão da rainha Vitória. As últimas grandes adições estruturais foram realizadas ao final do século XIX e início do XX, incluindo a fachada leste, que contém a famosa varanda em que a família real tradicionalmente reune-se para saudar a multidão reunida no lado de fora. Contudo, a capela do palácio foi destruída por um bombardeio alemão durante a Segunda Guerra Mundial; a Queen's Gallery foi construída em seu lugar e aberta ao público em 1962 para exibir obras de arte da Royal Collection.

Os interiores originais do início do século XIX, muitos dos quais ainda sobrevivem, incluiam um amplo uso de cores brilhantes scagliola e lápis-lazúli e rosa, seguindo a sugestão de sir Charles Long. O rei Eduardo VII supervisionou uma redecoração parcial com uma paleta de cor creme e dourada. Muitas das pequenas salas de recepção são decoradas ao estilo chinês da regência com móveis e acessórios trazidos do Pavilhão Real em Brighton e da Casa Carlton. O jardim do Palácio de Buckingham é o maior jardim particular de Londres.


Palácio de Buckingham é a residência oficial da rainha da Inglaterra

London Eye: Inaugurada no ano de 2000 e é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade. Desde 2006, a roda gigante deixou de ser a maior do mundo, após a inauguração da Estrela de Nanchang (160 m), localizada na cidade de Nanchang, China. Atualmente, a maior roda gigante do mundo é a hig roler (167 m), localizada em Las Vegas. Se você visitar Londres um dia, não deixe de ir no London Eye.


London Eye é um dos pontos turísticos mais disputados da cidade

Estação King's Cross: Se você é fã da saga "Harry Potter", não pode deixar de visitar a estação King's Cross. A estação localiza-se no distrito de Kings Cross ,no nordeste do centro da cidade, no borough de Camden. Encontra-se ao lado de outra estação de trem, a estação de St. Pancras. Em homenagem a série, a administração da plataforma, na vida real, instalou entre as plataformas 9 e 10 uma placa onde se lê: Plataforma 9 3/4.


Homenagem feita à saga "Harry Potter", na estação King's Cross

Avenida Shaftesbury: Retratada no último filme da saga "Harry Potter", quando ele e seus amigos Rony e Hermione surgem do nada após fugir do ataque dos comensais da morte, esse é mais um dos tantos pontos turísticos da cidade. Abrange teatros e várias outras opções de passeio.


Avenida Shaftesbury foi palco de gravações em "Harry Potter e as Relíquias da Morte"

Estádio Stamford Bridge: Casa do Chelsea FC, um dos mais populares times do planeta. Inaugurado em 1877, tem capacidade para 41 mil pessoas. Situado no bairro de Fulham, o estádio já recebeu 82 mil pessoas no clássico local contra o Arsenal, em 1935. A Seleção Brasileira já jogou na casa dos "Blues" em 2013, empatando por 1 a 1 com a Rússia, num amistoso. Falando em brasileiros e no Chelsea, o time campeão europeu e vice mundial em 2012 conta com 5 jogadores do país no seu elenco e que já vestiram ou vestem a amarelinha: Filipe Luís, Ramires, Oscar, Willian e Diego Costa.


Vista aérea do Stamford Bridge, estádio do Chelsea FC. Seleção Brasileira já jogou lá em 2013.

Emirates Stadium: Estádio do Arsenal, foi construído logo após o clube deixar sua antiga casa, o Highbury Park, sendo inaugurado em 2006. Costuma receber diversos jogos da Seleção Brasileira. Inclusive, a primeira partida internacional do estádio foi logo de cara um Brasil x Argentina, logo após o vexame tupiniquim na Copa do Mundo daquele mesmo ano. A Seleção, na época comandada por Dunga (em sua primeira passagem como técnico do escrete canarinho) venceu por 3 a 0, e o primeiro gol internacional do Emirates foi marcado pelo meia Elano, atualmente jogador do Santos. A capacidade do estádio é de 60 mil pessoas.


Emirates Stadium já recebeu a Seleção

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