Lisboa - Portugal

Capital de Portugal e cidade mais populosa do país. Reconhecida como devido à sua importância em aspectos financeiros, comerciais, mediáticos, artísticos, educacionais e turísticos. O Aeroporto da Portela recebe mais de 18 milhões de passageiros anualmente (2014), enquanto a rede de auto-estradas e o sistema de ferrovias de alta velocidade (Alfa Pendular) conectam as principais cidades portuguesas à capital. É a sétima cidade mais visitada do sul da Europa, após Istambul, Roma, Barcelona, Madrid, Atenas e Milão, com 1 740.000 de turistas em 2009, tendo em 2013 ultrapassado a marca dos 2.7 milhões de turistas. Estamos falando de Lisboa! A região de Lisboa é a região mais rica do país, com um PIB PPC per capita de 26;100 euros (4,7% maior do que o PIB per capita médio da União Europeia média). A sua região metropolitana é a vigésima mais rica do continente, com um PIB-PPC no valor de 58 mil milhões de euros, o que equivale a cerca de 35% do PIB-PPC total do país. A cidade é o centro político do país, como sede do Governo e da residência do chefe de Estado, além de sediar duas agências da União Europeia: o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) e a Agência Europeia de Segurança Marítima (EMSA). Chamada de "capital do mundo lusófono", a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) tem a sua sede na cidade. Lisboa tem dois locais classificados pela UNESCO como Património da Humanidade: a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos. Além disso, em 1994, Lisboa foi a Capital Europeia da Cultura e organizou a Exposição Mundial de 1998.

Capital de Portugal, Lisboa é a sétima cidade mais visitada do sul da Europa.

HISTÓRIA

Portugal fica na vanguarda dos países contemporâneos ao ser o primeiro a transformar a pesquisa tecnológica e científica em política de Estado, e com a política de portas abertas a especialistas aragoneses, catalães, italianos e alemães, com objectivo aumentar e enriquecer os conhecimentos náuticos dos oficiais e marujos. Mais tarde estes conhecimentos foram incrementados com os conhecimentos práticos dos pilotos orientais. Várias expedições se empreenderam com tripulações portuguesas que integravam alguns expatriados de outros reinos nas quais foram descobertos os arquipélagos dos Açores, Madeira e Canárias. Alguns afirmam que terão mesmo chegado ao Brasil. Estas ilhas permitem o estabelecimento de novas cidades-portos, úteis para a exploração de novos mercados. De Lisboa partiram numerosas expedições na época dos descobrimentos (séculos XV a XVII), como a de Vasco da Gama em 1497-1498, reforçando também com este feito, a condição de grande porto e centro mercantil na Europa ávida por ouro e especiarias.

Na época da expansão as casas de Lisboa tinham de três a cinco andares, sendo no primeiro uma loja e nos últimos as instalações dos comerciantes. Nesta época Lisboa toma o lugar dos genoveses no comércio de escravos, (que eram da África, da península Ibérica e resto da Europa). Tornou-se um porto em que circulavam escravos que depois eram vendidos para diversos pontos da Europa. Lisboa era muito frequentada por uma grande quantidade de comerciantes estrangeiros.

Após terminarem as guerras e conflitos entre os conservadores e liberais, Lisboa, tendo perdido o ouro e monopólio dos produtos do Brasil (um "monopólio" e ouro do qual só uma pequena parte chegava aos cofres reais de Portugal devido ao contrabando e à pirataria), a fonte muita da sua riqueza desde o fim do século XVI encontrava-se numa situação econômica difícil. No Norte da Europa, as nações iniciavam a industrialização, e enriqueciam com o comércio das Américas (a Inglaterra viria a dominar o comércio brasileiro) e da Ásia. É em Lisboa que se dá a principal revolta que causou a Restauração da Independência, em 1640.

A mais antiga representação da capital portuguesa, por Duarte Galvão
CLIMA

Lisboa é uma das capitais mais amenas da Europa, com um clima mediterrânico (Csa segundo a classificação climática de Köppen) fortemente influenciado pela Corrente do Golfo. A Primavera é fresca a quente (de 8 °C a 26 °C) com sol e alguns aguaceiros. O Verão é, em geral, quente e seco e temperaturas entre 16 °C a 35 °C. O Outono é ameno e instável, com temperaturas entre 12 °C e 27 °C e o Inverno é tipicamente chuvoso e fresco, também com algum sol (temperaturas entre 3 °C e 17 °C). A temperatura mais baixa registada foi de -1,2 °C e a mais elevada foi de 42,0 °C. A temperatura da água do mar varia entre os 15 °C e 16 °C em Fevereiro e entre os 20 °C e 21 °C em Agosto e Setembro, sendo que a média anual é de 17.5 °C. Nas tardes de Verão, o vento tende a soprar moderado (por vezes forte) de noroeste. Pela sua condição geográfica, está entre as capitais europeias com Invernos mais amenos, sendo raras as temperaturas abaixo de zero e bastante esporádica a queda de neve; embora os registos mais recentes datem de 2006 e 2007, podem passar-se muitos anos sem que neve em Lisboa.


MONUMENTOS E BAIRROS HISTÓRICOS

A Baixa Pombalina e Chiado são o "coração" da cidade. Foi edificada sobre as ruínas da antiga cidade de Lisboa, destruída pelo grande Terremoto de 1755. A sua edificação obedeceu a um rigoroso plano urbanístico, segundo um modelo reticular de rua/quarteirão, obedecendo à filosofia do Iluminismo. A reedificação da baixa de Lisboa após o terramoto constituiu o primeiro caso de construção tipificada, normalizada e em "série" da humanidade. Os seus autores foram Manuel da Maia e Eugênio dos Santos e a decisão política deve-se ao Marquês de Pombal, ministro d'El Rei D. José I. A Baixa é também a maior zona comercial da cidade de Lisboa. Nas proximidades e com interesse histórico são ainda a Praça dos Restauradores e o Elevador de Santa Justa, projetado em finais do século XIX por Mesnier du Ponsard. Na baixa também se localiza a Praça do Comércio, também conhecida como Terreiro do Paço, o Rossio, ou Praça Dom Pedro V, Chiado, o Convento do Carmo e a Praça dos Restauradores.

Bairro de Alfama
Alfama é um dos bairros mais típicos de Lisboa, com sua arquitetura típica cidade árabe e medieval com ruas estreitas, sendo um dos poucos sítios de Lisboa que sobreviveu ao Terremoto de Lisboa de 1755. É em Alfama que se encontram a maioria das casas de Fado, onde se pode desfrutar de vários espetáculos ao vivo. Em Alfama, distinguem-se o Castelo de São Jorge, na colina mais alta do centro da cidade, a Sé de Lisboa, o Panteão Nacional e a Feira da Ladra e o Miradouro de Santa Luzia.

O Bairro Alto é um bairros típicos de Lisboa, situado no centro da cidade, acima da baixa pombalina. É uma zona de comércio, entretenimento e habitacional. Atualmente, o Bairro Alto é um lugar de "reunião" entre os jovens da cidade, e uma das principais zonas de divertimento noturno da capital. Aqui concentram-se tribos urbanas, que possuem os seus lugares de reunião próprios. O fado, ainda sobrevive nas noites do bairro. As pessoas que visitam o Bairro Alto durante a noite são uma miscelânea de locais e de turistas.

Baixa Pombalina
Junto à zona ribeirinha do Tejo, a Poente do centro da cidade, encontra-se a freguesia de Belém, representante da cidade da época dos Descobrimentos. Podemos ver nesta zona duas construções classificadas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade: o Mosteiro dos Jerônimos, mandado construir pelo Rei D. Manuel I em 1501 e o melhor exemplo do denominado Estilo Manuelino, cuja inspiração provém dos descobrimentos, estando também associado ao estilo gótico e algumas influências renascentistas. O mosteiro custou o equivalente a 70 kg de ouro por ano, suportados pelo comércio de especiarias. Os restos mortais de Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas, repousam no Mosteiro, e também o grande descobridor Vasco da Gama. Muito perto do Mosteiro dos Jerônimos, encontra-se a Torre de Belém, construção militar de vigia na barra do Tejo, o grande "ex-libris" da cidade de Lisboa e uma preciosidade arquitetônica. Para além disto, é em Belém que se encontram o Padrão dos Descobrimentos, o Palácio de Belém, residência oficial do Presidente da República, o Museu Nacional dos Coches, o Museu da Eletricidade, a Igreja da Memória e o Centro Cultural de Belém.

PONTOS TURÍSTICOS

Torre de Belém: Foi construída em 1514, sendo finalizada quatro anos depois. Localiza-se na margem direita do Rio Tejo, na freguesia de Belém. O monumento destaca-se pelo nacionalismo implícito, visto que é todo rodeado por decorações do Brasão de armas de Portugal, incluindo inscrições de cruzes da Ordem de Cristo nas janelas de baluarte; tais características remetem principalmente à arquitetura típica de uma época em que o país era uma potência global (a do início da Idade Moderna).

Torre de Belém foi construída durante o reinado de Manuel I (1495-1521)
Castelo de São Jorge: Localizado na freguesia de Santa Maria Maior,  o nome atual deriva da devoção do castelo a São Jorge, santo padroeiro dos cavaleiros e das cruzadas, feita por ordem de D. João I no século XIV.

Ao longo do tempo o castelo, assim como as diversas estruturas militares de Lisboa, foi sendo remodelado, ao ponto de na primeira metade do século XX estar já em avançado estado de ruína. Na década de 1940 foram empreendidas monumentais obras de reconstrução, levantando-se grande parte dos muros e alteando-se muitas das torres. Por esse motivo, ao contrário do que se poderia pensar à primeira vista, o "caráter medieval" deste conjunto militar deve-se a esta campanha de reconstrução, e não à preservação do espaço do castelo desde a Idade Média até aos nossos dias.

Ergue-se em posição dominante sobre a mais alta colina do centro histórico, proporcionando aos visitantes uma das mais belas vistas sobre a cidade e o estuário do rio Tejo.

Castelo de São Jorge, em Lisboa

EDUCAÇÃO

Universidade de Lisboa: Universidade pública fundada em 1288,  primeira universidade portuguesa viria a ser depois estabelecida em Lisboa, em data compreendida entre 1288 e 1290, quando D. Dinis promulga a carta Scientiae thesaurus mirabili (datada de 1 de Março desse ano), conferindo vários privilégios aos estudantes do Estudo Geral de Lisboa, o que prova que nessa data já estava fundado. Desde logo houve uma participação activa nesta acção educativa pela Coroa portuguesa e do seu rei, através do seu compromisso de parte do subsídio da mesma, como pelas rendas fixas da Igreja .

O Papa Nicolau IV reconhece-a pouco depois, em 9 de Agosto desse mesmo ano através da bula “De statu regni Portugaliae”, com as Faculdades de Artes, Direito Canônico (Cânones), Direito Civil (Leis) e Medicina. Nesta primeira fase da sua existência, a universidade localizar-se-ia no Campo da Pedreira, uma zona no arrabalde ocidental da cidade, entre aquilo que é hoje a Rua Garrett e o Convento da Trindade.

Ao longo do século XIV, a universidade portuguesa conheceu uma grande instabilidade, tendo por motivos vários sido transferida, várias vezes, de Lisboa para Coimbra e vice-versa. Assim, em 1308 foi transferida para Coimbra. Em 1328 volta para Lisboa, sendo novamente transferida para Coimbra em 1354. Em 1377 regressa a Lisboa. Finalmente, em 1537, instala-se definitivamente em Coimbra.

Durante os 160 anos em que a Universidade se manteve em Lisboa, entre os séculos XIV e XVI, distinguiram-se, entre os seus alunos e professores, importantes nomes da ciência , como Garcia de Orta ou Pedro Nunes vultos das letras, como André de Resende ou Baltasar Limpo, ou homens da administração, como João Fernandes da Silveira, o 1.º Barão de Alvito.

Um dos seus protetores foi o Infante D. Henrique que concedeu-lhe várias casas, em 1431. Aparentemente, as fundações deste novo edifício da universidade encontram-se num local hoje denominado como Pátio dos Quintalinhos, fazendo-se a entrada pelo n.º 3 da Rua da Escolas Gerais, em Alfama, na antiga freguesia de São Tomé, hoje integrada na de São Vicente .

Datam dessa época as mais antigas referências a estudos de Astronomia na universidade portuguesa, apoiados na Aritmética e Geometria como ferramentas imprescindíveis para os estudos náuticos.

Na década de 1530, apesar da oposição generalizada dos seus membros, D. João III refundou a Universidade em Coimbra, onde ficaria instalada, durante perto de três séculos, a única universidade pública portuguesa (entre 1559 e 1759, quando os Jesuítas detiveram o monopólio do ensino igualmente na Universidade de Évora).

Universidade de Lisboa é a principal da capital portuguesa
Universidade Nova de Lisboa: Instituição de ensino superior pública, com sede em Campolide, Lisboa. A NOVA conta, atualmente, com mais de 19 mil alunos, um total de 1491 docentes e 804 funcionários, dispersos por cinco faculdades, três institutos e uma escola que proporcionam um leque diversificado de cursos em todos os domínios do conhecimento. Com elevados níveis de sucesso profissional, possui investigação reconhecida nacional e internacionalmente e é uma das universidades portuguesas mais reconhecidas internacionalmente pela sua investigação.

É a única universidade portuguesa no ranking QS World University Rankings 2014 e Times Higher Education World University Rankings das 50 melhores universidades do mundo com menos de 50 anos. O ranking do Financial Times das escolas de gestão europeias coloca a Nova School of Business and Economics como uma das 30 melhores na Europa e a segunda melhor escola em Portugal.

Universidade NOVA de Lisboa conta com mais de 19 mil alunos
AEROPORTOS

Aeroporto da Portela: Situa-se majoritariamente na freguesia de Santa Maria dos Olivais (apesar de o seu nome derivar da freguesia da Portela), em Lisboa e é o maior aeroporto português com maior volume de tráfego. Foi aberto ao tráfego em 15 de Outubro de 1942.

É servido, desde 1962, por duas pistas, uma a 03/21 com 3805 m de comprimento e outra a 17/35 com 2400 m de comprimento, ambas asfaltadas e com 45 m de largura. Dispõe de dois terminais civis (T1 e T2) ainda de um terminal militar, conhecido como Aeroporto de Figo Maduro.

O Aeroporto bateu em 2 de Agosto de 2009 o recorde de passageiros diários num total de 55 282 passageiros. Nos anos de 2010 e 2011 teve um movimento de passageiros de 14 066 545 e 14 790 157 respectivamente. Em 2014 o aeroporto superou pela primeira vez os 18 milhões passageiros.

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