Marselha - França
É a segunda mais populosa cidade da França e a mais antiga cidade francesa. Localizada na antiga província da Prouvènço (Provença) e na costa do Mediterrâneo, é o maior porto comercial do país. Também é a capital administrativa da região (préfecture de région) de Provence-Alpes-Côte d'Azur e do departamento (préfecture départementale) de Bouches-du-Rhône (Bocas do Ródano). Foi povoada pelos gregos no século VII a.C. e passou para o domínio romano em 49 a.C. Seu nome vem do nome grego Μασσαλία (Massalia) usada para nomear a vila fundada pelos gregos de Foceia. Várias hipóteses existem para explicar a origem do nome. Hoje, o Just Travel (a pedido da querida leitora Bárbara Marques, de Chapecó/SC) vai até Marselha, na França, para contar um pouco mais sobre a segunda cidade mais populosa do país, atrás apenas da capital Paris. Preparados para mais uma viagem? Então vamos lá!
HISTÓRIA
ECONOMIA
Bouillabaisse: É um prato à base de peixes de rocha, temperos e legumes. No princípio era um prato de pescadores que, ao separar o peixe destinado à venda, metiam de lado algumas peças que eles preparavam para eles e para a respectiva família. É um prato simples e familiar que com o passar dos anos se aperfeiçou. Hoje, é realizada com um mínimo de 6 variedades de peixes o que a torna um prato elaborado e muito oneroso.
Tapenade: É um creme à base de anchovas, azeitonas, alcaparras e alho. Servido com pão francês.
Pastis: O pastis resulta da maceração de diversas plantas. É feito com álcool destilado e, no seu processo de produção, são adicionadas ervas e flores, sendo, deste modo, uma bebida chamada de composta. Depois do processo de compostagem, é feito um licor ao qual é adicionado novamente o anis. A bebida surgiu na França, após a interdição do famoso absinto.
Aioli: É uma maionese perfumada com dentes de alho e feito à base de óleo e azeite de oliva. Mas também é um prato completo que se compõe de bacalhau, batatas, caracóis, feijão verde ou branco, cenouras, cada elemento cozido separadamente.
ESPORTES
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Vista noturna do porto de Marselha |
Diversos achados e estudos arqueológicos de diferentes assentamentos comprovam a presença humana de maneira contínua em Marselha desde a pré-história. As pinturas rupestres paleolíticas na Caverna de Cosquer, próximo ao calanque de Morgiou, datadas entre 27000 e 19 000 a.C., atestam a presença humana na área de Marselha há mais de 30 000 anos. No sítio arqueológico da colina de São Carlos, no centro urbano, recentes escavações têm encontrado ruínas de moradias e construções de tijolo de barro e terra modelada do Neolítico, cerca de 6.000 a.C. Estas técnicas de construção poderiam confirmar as teorias de John Guilaine sobre a propagação da cultura neolítica através da migração de povos do Oriente Médio através do Mediterrâneo.
A cidade de Marselha propriamente dita foi fundada em 600 a.C. pelos gregos de Foceia, na península de Anatólia, como um porto comercial sob o nome de Μασσαλία (Massália). Embora as circunstâncias e a data precisa da fundação desta colônia continuem imprecisas, a lenda sobrevive.
O desenvolvimento posterior de Massália, que atingiria um significativo número habitantes e a categoria de pólis (cidade-estado), a transformou em um porto grego de referência na Europa Ocidental. Mais adiante se aliou, por proteção, à República Romana em suas disputas com etruscos, celtas e cartagineses. Esta aliança fez a colônia grega prosperar graças a sua posição como ponte de comércio entre Roma e os povos do interior da Gália, facilitando o intercâmbio de bens manufaturados, escravos e, particularmente, de vinho, cuja elaboração e cultivo em Marselha remonta ao século IV a.C., como demonstram a escavações na colina de Saint-Charles, com a descoberta de substratos de viticultura, os mais antigos descobertos na França. Em 49 a.C., como consequência de seu apoio ao partido de Pompeu em sua disputa com Júlio César, foi anexada a Roma por este último após vencer e capturar a sua frota, adotando o nome latino de Massília.
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Porto de Marselha depois da Segunda Guerra Mundial, em 1945 |
A administração romana manteve a fundação construída pelos gregos, como atestam os achados arqueológicos, que mostram também trabalhos de ampliação e obras de infraestrutura inovadoras dos romanos, como o esgoto, do qual Marselha foi a primeira vila na Gália a ser equipada. Pátria do famoso marinheiro Píteas, Massília foi controlada por um conselho de 15 senadores eleitos entre os 600 do Senado, embora o poder executivo fosse desempenhado por apenas três deles.
De acordo com a tradição católica, Maria Madalena difundiu o cristianismo na Provença a partir de Massilia junto com Lázaro de Betânia, que seria, segundo alguns autores, o primeiro bispo da diocese de Marselha. Do período de expansão cristã, se conserva o epitáfio dos prováveis mártires Volusiano e Fortunato, considerada a mais antiga das inscrições cristãs. Após o colapso do Império Romano na Europa Ocidental, no século V, a cidade passou a ser governada pelos visigodos, que a cederam aos ostrogodos após a Batalha de Vouillé em 507, para evitar que caísse nas mãos dos francos, que, entretanto, acabaram ocupando-a. No início do século VIII, a destruição do Reino Visigótico pelo Califado Omíada e a instauração de seu poder na Península Ibérica, iniciou um período de disputa pelo controle da Europa Ocidental com o Império Carolíngio, o que afetou o desenvolvimento de Marselha e as demais vilas francas da costa mediterrânea, principalmente na primeira metade do século IX, com o assédio das rotas comerciais pela pirataria. Marselha foi atacada e saqueada duas vezes naquele período por tropas muçulmanas enviadas de Al-Andalus, em 838 e 846. A decadência econômica se manifestou durante todo o século X, e Marselha não pode manter seus privilégios municipais, porém foi recuperando-se uma vez integrada as possessões dos condes da Provença. Em 1262, a cidade se rebelou sob Bonifácio VI de Castellana e Hugues des Baux, primo de Barral des Baux, contra o governo dos angevinos, porém foi derrotada por Carlos I da Sicília e Nápoles. Em 1348, a cidade foi um dos focos de penetração na Europa da devastadora epidemia de peste bubônica (peste negra), por sua condição de porto, resultando na morte de cerca de 15.000 de seus 25.000 habitantes. Além disso, sem se recuperar do desastre demográfico, a cidade é atacada e saqueada durante 3 dias em 1423 pela frota de Afonso V de Aragão, em resposta as pretensões de Luís III de Nápoles em recuperar o domínio dos territórios do sul da Itália.
Durante a primeira metade do século XX, Marselha comemorou seu status de "porto do Império" na exposição colonial de 1906 e 1922. A monumental escadaria na estação de trem, glorificando as conquistas coloniais francesas, datam desta época. Em 1934, Alexandre I da Iugoslávia chegou ao porto para se reunir com o ministro das relações exteriores francês Louis Barthou, porém, ambos foram ali assassinados por Vlado Chernozemski.
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Marselha em 1575 |
Durante a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi bombardeada pela Alemanha e Itália em 1940. Foi ocupada pelos alemães entre novembro de 1942 e agosto de 1944. Uma grande parte do centro antigo da cidade foi dinamitado num enorme projeto de limpeza, com o objetivo de reduzir as possibilidades de ocultar membros da suposta resistência, que operavam nos edifícios antigos de grande densidade de população. Os governos da Alemanha Oriental, Alemanha Ocidental e Itália pagaram enormes reparações, acrescidas de juros, para indenizar civis mortos, feridos ou que ficaram sem-teto ou indigentes como consequência da guerra, e para a reconstrução da cidade.
A partir da década de 1950, a cidade serviu como porto de entrada na França de mais de um milhão de imigrantes. Em 1962, houve um grande fluxo após a independência da Argélia que incluiu uns 150.000 Pieds-Noirs, que se estabeleceram em Marselha, um número considerável para uma cidade grande que já atravessa uma crise econômica. Muitos dos imigrantes permaneceram e tem dado a cidade um vibrante barro africano com um grande mercado.
GEOGRAFIA E CLIMA
O território de Marselha forma uma espécie de anfiteatro, bloqueado pelo mar a oeste, pelos calanques ao sul com o Maciço de Marseilleveyre, pela Costa Azul ao norte com a vila de l'Estaque (imortalizado pelo pintor Paul Cézanne) e pelos maciços de l'Étoile e Garlaban a nordeste. A cidade se estende por uma faixa de 57 km² ao longo do Mediterrâneo.
Marselha tem um clima mediterrâneo, com invernos suaves e úmidos e verões quentes e principalmente secos. Dezembro, janeiro e fevereiro são os meses mais frios, com temperaturas médias de cerca de 12°C (54°F) durante o dia e 4°C (39°F) à noite. Julho e agosto são os meses mais quentes, com temperaturas médias de cerca de 28-30°C (82-86°F) durante o dia e 19°C (66°F) de noite no aeroporto de Marignane (35 km (22 mi) de Marselha), mas na cidade perto do mar, a temperatura média alta é de 27°C (81°F) em julho.
Marselha é oficialmente a principal cidade mais ensolarada da França com mais de 2.900 horas de sol, enquanto o sol médio na França é de cerca de 1.950 horas. É também a cidade mais seca com apenas 512 mm (20 in) de precipitação anualmente, especialmente graças ao Mistral, um vento frio e seco originário do Vale do Ródano que ocorre principalmente no inverno e na primavera e geralmente traz céus claros e clima ensolarado para a região. Menos freqüente é o Sirocco, um vento quente e de areia que vem do deserto do Saara. As nevascas são pouco frequentes.
A temperatura mais quente foi de 40,6°C (105,1°F) em 26 de julho de 1983 durante uma grande onda de calor, a temperatura mais baixa foi de -14,3°C (6,3°F) em 13 de fevereiro de 1929 durante uma forte onda de frio, mas 100°F (38°C) ou temperaturas de 20°F (-7°C) são incomuns.
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Castelo de If (ou Château d'If), uma antiga prisão situada numa ilha costeira à cidade |
Quase metade da superfície da comuna está em território natural não urbanizável e a cidade se espalha por uma área extremamente grande, a quinta maior comuna da França metropolitana. Assim, sua densidade demográfica (3.542 habitantes por quilômetro quadrado) é bem inferior ao de cidades totalmente urbanizadas, como Lyon (9.867 habitantes por quilômetro quadrado) ou Paris (20.807 habitantes por quilômetro quadrado), mas comparável à de Toulouse (3.715 habitantes por quilômetro quadrado). Se for considerada apenas a sua área habitável, cerca de 150 km², a densidade atinge 5.683 habitantes por quilômetro quadrado.
BAIRROS
Marselha tem a particularidade de estar subdivididas em quartiers (equivalente a bairros), que muitas vezes se assemelham a verdadeiras vilas. Existem 111 bairros, subdivisões dos arrondissements, que foram estabelecidos pelo Decreto n º 46-22,85 de 18 de outubro de 1946. Os bairros são representados por comitês que tratam dos interesses do bairro junto à municipalidade, como, por exemplo, estabelecer as áreas de estacionamento dos moradores. Os bairros são também utilizados como divisão nas estatísticas do Instituto Nacional de Estatísticas e Estudos Econômicos. Alguns bairros são subjetivos (não oficiais), mesmo sendo bastante conhecidos, como, por exemplo, le Panier, que não consta da lista oficial. Existem 26 bairros com nome de santo, lembrando a ligação entre esses bairros e as antigas paróquias da cidade.
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Le Panier, o bairro mais antigo de Marselha. Foi neste local que a cidade foi fundada |
Historicamente, a economia de Marselha foi dominada por seu papel como porto do Império Colonial Francês que ligava as colônias do norte da África (Argélia, Marrocos e Tunísia) com a França Metropolitana. O antigo porto foi substituído, como principal porto de comércio, pelo Porto de la Joliette durante o Segundo Império, e atualmente possui restaurantes, escritórios, bares e hotéis, e funciona basicamente como uma marina privada. A maioria das docas, que entraram em declínio na década de 1970, após a crise do petróleo, têm sido recentemente reconstruídas com fundos da União Europeia. A pesca, no entanto, continua a ser importante em Marselha, a economia alimentar da cidade é ainda dominada pela captura local, e um mercado de peixe funciona diariamente no Quai des Belges do antigo porto.
Atualmente, a economia de Marselha é dominada pelo novo porto, o mais importante da França e um dos mais importantes do Mar Mediterrâneo. 100 milhões de toneladas de carga passam por ele anualmente, sendo que 60% da carga é petróleo. O recente crescimento do tráfego de contêineres no porto de Marselha é desafiado por greves e agitações sociais constantes.
Marselha é um grande centro francês para o comércio e a indústria, com excelente infraestrutura de transportes (estradas, portos marítimos e aeroportos). O Aeroporto de Marseille-Provence é o quarto maior da França, é ponto principal de chegada de milhões de turistas a cada ano e serve a uma comunidade de negócios em crescimento.
A região de Marselha é local de milhares de empresas, 90 por cento das quais são pequenos negócios. Entre as mais famosas estão CMA CGM, de contêineres marítimos; Compagnie maritime d'expertises (Comex), líder mundial em engenharia submarina e sistemas hidráulicos; Eurocopter, uma divisão da Companhia Europeia de Espaço e Defesa Aeronáuticos; Azur Promotel, uma empresa de desenvolvimento imobiliário; La Provence, o jornal diário local; Olympique de Marseille, o famoso clube de futebol; RTM, empresa de transporte público de Marselha, e Société Nationale Maritime Corse Méditerranée, uma grande operadora de transporte de passageiros, veículos e carga do Mediterrâneo Ocidental.
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Panorama da região portuária de Marselha |
As indústrias de refino de petróleo e construção naval são as mais importantes, mas também se destacam indústrias de sabão, vidro, produtos químicos, construção civil, plásticos, têxteis, azeite e o processamento de alimentos. Marselha tem acesso a rede de hidrovias francesas, mas o petróleo é enviado a Paris e o norte da França por oleoduto. A cidade é o principal centro de refinamento de petróleo da França.
Em maio de 2005, a revista francesa L'Expansion classificou a cidade como a mais dinâmica das grandes cidades francesas, citando números que mostram que mais de 7200 empresas tinham sido criadas lá desde 2000.
O desemprego em Marselha caiu de 20% em 1995 para 14% em 2004. Apesar disso, as taxas de desemprego da cidade continuam mais altas do que a média nacional. Em algumas partes de Marselha, 40% dos jovens são desempregados.
GASTRONOMIA
Os Marselheses apreciam as coisas simples: o seu quadro de vida cujo clima é ideal, a proximidade do mar e uma riqueza aromática ao alcance da mão influenciaram naturalmente a gastronomia regional. Assim, a base da cozinha é composta de produtos frescos da região provençal (tomates, curgetes, beringelas, pimentos, funchos) e de uma grande variedade de peixes. Cada artista exprime uma maneira de combinar todos estes ingredientes com os condimentos (o alho, o tomilho, o alecrim, a segurelha, o alecrim, a cebolinha e, evidentemente, o azeite!). As trocas, com o Mediterrâneo, através da actividade portuária da cidade, enriqueceram a cultura local de especiarias e de sabores do mundo inteiro. Os restaurantes tradicionais e internacionais seguem lado a lado e não é raro que as grandes mesas enfeitem as suas receitas típicas com tonalidades exóticas. Vamos falar um pouco mais sobre os principais pratos da região de Marselha?
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Esse é a sopa Bouillabaisse, um dos pratos mais conhecidos da região de Marselha |
Esta preparação é servida em duas travessas separadas: uma para o caldo, outra para o peixe. O caldo é ornamentado com fatias de pão torrado untado com rouille (maionese perfumada com alho e açafrão).
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Deu água na boca? Esse é o Panisse |
Panisse: É um galette de farinha de grão-de-bico. Um dos pratos mais populares da cidade. Inclusive, um dos restaurantes de Marselha leva esse nome.
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Tapenade é servido no pão |
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Pastis é uma bebida alcoólica à base de especiarias e anis |
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Esse é o Aioli, um dos melhores pratos da região |
CULTURA
Marselha é uma cidade cultural, e de fato a cidade foi eleita Capital Europeia da Cultura 2013. Marselha também é considerada a cidade da arte e da história. O Hino nacional da França, La Marseillaise, tem este título por causa das tropas revolucionárias de Marselha.
O baralho de tarô mais propagado no mundo vem de Marselha. É denominado "Tarô de Marselha" e foi usado para jogar a variante local do tarocchi, antes ser usado na cartomancia. Várias telenovelas, seriados e filmes franceses já foram gravados em Marselha. A popular série de televisão francesa Plus belle la vie é fixada em um quarto imaginário, Le Mistral, situado em Marselha. É filmado no quartier Belle de Mai da cidade.
Também o seriado Star Trek: Voyager menciona Marselha em vários episódios. Diz-se ser a cidade favorita do tenente Tom Paris, que estava "gastando seu tempo, bebendo e jogando sinuca no Sandrine's, um bar de beira-mar (fictício)."
ARQUITETURA
Os monumentos católicos são numerosos em Marselha, e vários edifícios religiosos são notáveis. O marco mais famoso é, sem dúvida, a Basílica de Nossa Senhora da Guarda, construída pelo arquiteto Jacques Henri Esperandieu Nimes de 1855 a 1870 e terminada por Antoine Henri Revoil. A estátua de cobre dourado (coberta com folhas de ouro) da "boa mãe", colocada no topo da torre, possui 53 metros de altura, acima de uma altura de 11 metros. É trabalho do escultor Eugène-Louis Lequesne. Situa-se no alto de uma colina, acima 162 metros de altura e tem vista para o porto antigo e para toda a cidade.
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Interior da Basílica de Nossa Senhora da Guarda |
Marselha foi uma das cidades-sede da Copa do Mundo de 1998, realizada na França e vencida pelos próprios donos da casa em final contra o Brasil, sem contar a Copa de 1938, que foi vencida pela Itália. O Stade Vélodrome foi construído no ano de 1937, e inaugurado num jogo entre o Olympique de Marselha e o Torino, da Itália, com vitória do time da casa por 2 a 1. O nome foi dado devido a antiga pista de ciclismo que ficava em volta do campo. Em 1984, com a Eurocopa, a pista foi retirada. Na Copa do Mundo de 1938, recebeu dois jogos, entre eles, a semifinal entre Itália e Brasil, com vitória italiana por 2 a 1. Foi reformado para receber jogos na Copa do Mundo de 1998, tendo a capacidade ampliada para os atuais cerca de 60.000 lugares, e abrigou mais dois jogos da Seleção Brasileira. A derrota por 2 a 1 para a Noruega, na fase de grupos, e a épica vitória nos pênaltis sobre a Holanda, pelas semifinais, com show do goleiro Taffarel.
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Torcida do Olympique de Marselha faz mosaico antes de jogo da equipe |
Em 2016, sediou 6 jogos da Eurocopa, entre eles uma semifinal, entre Alemanha e França, com vitória dos donos da casa por 2 a 0. Na final, realizada em Paris, o título ficou com a seleção de Portugal, após vitória por 1 a 0 sobre a própria França, no segundo tempo da prorrogação.
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Van der Sar e Taffarel antes dos pênaltis: o brasileiro, um dos heróis do tetra em 1994, pegou dois pênaltis. O holandês, revelado pelo Ajax, se tornou ídolo na Inglaterra ao defender as cores do Manchester United |
EDUCAÇÃO
Várias faculdades das três universidades que compõem a Universidade de Aix-Marselha estão localizadas em Marselha:
- Université de Provence Aix-Marseille I
- Université de la Méditerranée Aix-Marselha II
- Université Paul Cézanne Aix-Marseille III
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Universidade Aix-Marseille |
Além disso, Marseille possui três grandes escolas (écoles):
- Ecole Centrale de Marseille parte da Centrale Graduate School
- École pour l'informatique et les nouvelles technologies
- KEDGE Business School
Os principais organismos franceses de pesquisa, incluindo o CNRS, o INSERM e o INRA, estão bem representados em Marselha. A pesquisa científica está concentrada em vários sites da cidade, incluindo Luminy, onde existem institutos de biologia do desenvolvimento (IBDML), imunologia (CIML), ciências marinhas e neurobiologia (INMED), no campus do CNRS Joseph Aiguier e no hospital Timone Site (conhecido por trabalho em microbiologia). Marselha também abriga a sede do IRD, que promove pesquisas sobre questões que afetam os países em desenvolvimento.
TRANSPORTES
A cidade é servida por um aeroporto internacional, o aeroporto Marseille Provence, localizado em Marignane. O aeroporto é o quinto aeroporto francês mais movimentado, e conheceu o 4º maior crescimento do tráfego europeu em 2012. Uma extensa rede de auto-estradas liga Marselha ao norte e a oeste (A7), Aix-en-Provence no norte (A51), Toulon (A50) e a Riviera Francesa (A8) a leste.
Gare de Marseille Saint-Charles é a principal estação ferroviária de Marselha. Opera serviços regionais diretos para Aix-en-Provence, Briançon, Toulon, Avignon, Nice, Montpellier, Toulouse, Bordéus, Nantes, etc. A Gare Saint-Charles é também uma das principais estações terminais para o TGV no sul da França Tornando Marselha acessível em três horas de Paris (uma distância de mais de 750 km) e pouco mais de uma hora e meia de Lyon. Existem também linhas directas de TGV para Lille, Bruxelas, Nantes, Genebra e Estrasburgo, bem como serviços Eurostar para Londres. Além disso, o trem noturno (Intercités de Nuit) do Luxemburgo e Estrasburgo pára por aqui em direção a Nice, enquanto o trem noturno de Paris a Nice serve a Gare de Blancarde.
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Aeroporto de Marselha |
Há uma nova estação de ônibus de longa distância adjacente a uma nova e moderna extensão para a Gare Saint-Charles, com destinos principalmente para outras cidades do Baixo-Baixo, incluindo ônibus para Aix-en-Provence, Cassis, La Ciotat e Aubagne. A cidade também é servida com 11 outras estações de trens regionais a leste e ao norte da cidade.
Marselha tem um grande terminal de ferry, o Gare Maritime, com serviços à Córsega, Sardenha, Argélia e Tunísia.
TRANSPORTE PÚBLICO
Marselha é ligada pelo sistema ferroviário do metrô de Marselha operado pela Régie des transports de Marseille (RTM). Consiste em duas linhas: Linha 1 (azul) entre Castellane e La Rose, aberta em 1977 e Linha 2 (vermelha) entre Sainte-Marguerite-Dromel e Bougainville aberta entre 1984 e 1987. Uma extensão da Linha 1 de Castellane para La Timone Foi completada em 1992, outra extensão de La Timone para La Fourragère (2,5 km (1,6 mi) e 4 novas estações) foi inaugurada em maio de 2010. O sistema de metrô opera em um sistema de torniquete, com ingressos adquiridos nas cabines automáticas adjacentes adjacentes. Ambas as linhas do metrô se cruzam na Gare Saint-Charles e Castellane. Estão em construção três linhas de trânsito rápido de ônibus para conectar melhor o metrô a lugares mais distantes (Castellane -> Luminy, Capitaine Gèze - La Cabucelle -> Vallon des Tuves, La Rose -> Château Gombert - Saint Jérome).
Uma extensa rede de ônibus serve a cidade e os subúrbios de Marselha, com 104 linhas e 633 ônibus. As três linhas do eléctrico, inaugurado em 2007, vão da CMA CGM Tower para Les Caillols.
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Novo trem que circula por Marselha |
Como em muitas outras cidades francesas, um serviço de compartilhamento de bicicletas chamado "Le vélo", gratuito para viagens de menos de meia hora, foi apresentado pelo conselho da cidade em 2007.
Um serviço gratuito de ferry opera entre os dois cais opostos do Porto Velho. A partir de 2011 os serviços de transporte de ferry operam entre o Porto Velho e Pointe Rouge; Na primavera de 2013, também irá para o Estaque. Há também serviços de ferry e passeios de barco disponíveis do Porto Velho a Friul, Calanques e Cassis.
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